quarta-feira, 18 de abril de 2012

SIQUÉM



VISÃO GERAL
Siquém era uma cidade no centroeste da Palestina. Muitos eventos bíblicos ocorreram na Palestina. O lugar era localizado 64.4 kilometros ao norte de Jerusalém. Samaria, que mais tarde seria a capital de Jerusalém, ficava a uns 12.9 kilometros ao noroeste. Siquém ficava perto do lugar aonde as águas que correm para o Rio Jordão se separam daquelas que correm para o Mar Mediterrâneo. A localização da cidade era estratégica. Ela controlava todas as estradas que passavam pelo centro da Palestina. Porém não tinha nenhuma defesa natural e precisava de suporte extensivo e muros para se proteger quando era atacada.

REFERÊNCIAS BíBLICAS
Siquém aparece primeiramente na bíblia como um lugar aonde Abrão acampou depois que ele entrou em Canaã, um nome mais antigo para a Palestina. Deus prometeu a ele a terra de Canaã e ali Abrão construiu o seu primeiro altar (Gênesis 12:6-7). Depois que Jacó passou vinte anos no norte da Mesopotâmia (um país antigo do sudoeste da Ásia), ele retornou a Siquém e comprou um pedaço de terra. Nessa época a cidade já era murada e tinha um portão (Gênesis 34:20,24). Depois que sua irmã foi profanada, Simeão e Levi massacraram a população masculina de Siquém como vingança. Anos mais tarde, quando a sua família estava morando em Hebrom, José foi a Siquém para procurar os seus irmãos (Gênesis 37:12-14). Depois que Israel tomou a terra, a cerimônia de benção e maldição no Monte Gerizim e no Monte Ebal, respectivamente, se cumpriu nas proximidades de Siquém (Josué 8:30-35). Na conquista e distribuição da terra, Siquém se tornou uma das cidades de refugio (Josué 20:7; 21:21). Os ossos de José foram enterrados na terra que Jacó havia comprado ali (Josué 24:32).
Durante os dias instáveis dos juízes, Abimeleque, filho de Gideão, se estabeleceu ali como rei de Israel. A princípio ele tinha o apoio dos habitantes, mas uma revolta contra ele algum tempo depois destruiu a cidade (Juízes 9:1-7, 23-57). Roboão foi coroado ali antes da divisão do reino (1 Reis 12:1). Jeroboão, o primeiro rei no reino do norte, reconstruiu a cidade e fez dela a primeira capital do reino.

HISTÓRIA
Escavações revelam que os assentamentos mais antigos naquele local são datados no quarto milênio A.C.. Porém o primeiro assentamento significativo ocorreu durante a primeira metade do segundo milênio, quando os Amoritas e os Hyskos se assentaram ali. Os Hyskos cercaram a cidade com um imenso aterro em declive. Ali eles construíram uma parede de tijolo. Havia dois portões de entrada ao leste e três portões de entrada no lado noroeste. Eles construíram o que tem sido interpretado como um templo forte. Foi reconstruído várias vezes e finalmente destruído pelos egípcios por volta de 1550 A.C.. Por volta de um século mais tarde, os cananitas reconstruíram Siquém numa escala menor. Um novo templo forte foi construído nas ruínas do antigo. Ele tinha três pedras sagradas ao lado de um altar no pátio. Acredita-se que esse templo era a casa de Baal-berith. Esse templo foi destruído por Abimeleque por volta de 1150 A.C. (Juízes 9:3-4, 46). Aquela área sagrada nunca foi reconstruída. Antes disso, no entanto, não há nenhuma evidência arqueológica de destruição por uns trezentos anos. Os Hebreus provavelmente não tomaram a cidade ao mesmo tempo em que Israel conquistou a terra. Os habitantes viveram pacificamente entre os hebreus.

Evidentemente, Salomão reconstruiu Siquém como uma capital provincial. Porém, ela sofreu grande destruição no século dez, provavelmente nas mãos de Sisaque do Egito, quando ele invadiu a Palestina em 926 A.C. (1 Reis 14:25). Pouco tempo depois, JeroboãoI tornou-a a capital do reino de Israel novamente. Siquém encontrou o seu fim nas mãos do rei assírio Shalmaneser V em 724 A.C., um pouco antes da destruição de Samaria. A cidade não foi habitada por mais ou menos quatrocentos anos. No século quatro, Alexandre o Grande estabeleceu um camping no local para os seus soldados. Mais tarde, os samaritanos se mudaram de Samaria e se assentaram ali. Eles construíram um templo no Monte Gerizim. Siquém foi destruída pela última vez por volta de 128 A.C.

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