quinta-feira, 19 de abril de 2012

SAMUEL



Samuel foi o último dos juízes que governou Israel. O seu nome significa "o nome de Deus" ou "o seu nome é El" (El é nome do Deus da força e poder).

HISTÓRIA PESSOAL
Os pais de Samuel eram comprometidos com Deus e iam todos os anos adorar no santuário de Silo (1 Samuel 1:3). Seu pai, Elcana, era um levita (1 Crônicas 6:26) que vivia em Rama-taim-Zofim, um território de Efraim. Sua mãe, Ana, não podia conceber filhos no início de seu casamento. Elcana tinha uma segunda esposa chamada Penina.

Em uma visita a Siló, Ana orou no santuário (1 Samuel 1:6-11), e prometeu que se o Senhor a desse um filho, ela o dedicaria ele a obra de Deus por toda a vida como um juíz, ou um Nazireu (Números 6:1-21). O Senhor escutou a oração de Ana e concedeu o seu pedido. Ela não teve mais filhos até que completou o seu voto. Quando Samuel foi apresentado a Eli e começou o seu serviço no sanuário, ele se dobrou diante do Senhor e adorou o Senhor ali (1 Samuel 1:28). Três ingredientes formavam a fundação de sua personalidade e de suas realizações futuras: um senso de valor, o conhecimento do amor de seus pais (veja 1 Samuel 2:19) e um senso de propósito.

Em 1 Samuel 2 nós vemos mais provas do valor do treinamento de Samuel. Os filhos de Eli estavam nessa época seguindo práticas de religiões falsas. Eli que agora era um homem idoso, havia permitido que seus filhos se safassem de muitas coisas e agora não tinha o poder de pará-los. Samuel se recusou a seguir os passos dos filhos de Eli, ou mesmo se comportar desrespeitosamente para com ele. Quando Deus disse a Samuel que ele havia decidido julgar Eli e sua família, Samuel respondeu com reverência e respeito. Seu crescimento pessoal e espiritual indicava que ele havia sido marcado para ser um futuro profeta do Senhor. Em tempos em que os israelitas se recusavam a seguir a Deus e faziam o que eles achavam certo aos seus olhos (compare Juízes 17:6 e 21:25), Deus permitiu que nações vizinhas atacassem Israel como uma forma de repreensão, até que um juiz se levantou para libertá-los. Quando os Palestinos invadiram a terra (1 Samuel 4-6), o exército israelita foi derrotado. Eles acreditavam que a arca da aliança garantiria seu sucesso e eles foram até Siló buscá-la. No dia seguinte, os israelitas foram derrotados novamente e a arca foi tomada. Quando essa notícia chegou até Eli, ele caiu de sua cadeira e morreu. Vinte anos se passam antes que o nome de Samuel seja mencionado novamente (1 Samuel 7:2-3). Aparentemente ele vivia em Rama durante esse tempo e viajava pelo país pregando e avisando os israelitas a virarem as costas ao pecado (compare Deuteronômio 16:18-22; 17:8-13). Samuel provavelmente também começou "escolas" de profetas durante esse período. Escolas foram começadas em Betel (1 Samuel 10:5; 2 Reis 2:3), Gigal (2 Reis 4:38), Rama (1 Samuel 19:20) e em outros lugares (2 Reis 2:5), talvez como resultado natural do ministério de Samuel. Depois de vinte anos de ministério, Samuel achou que havia chegado o tempo de ele se mudar para Israel para uma unidade espiritual e nacional. Ele convocou uma reunião em Mizpa (1 Samuel 7). Ali, os israelitas derramaram água no chão, jejuaram e oraram para expressar uma humilhação e um arrependimento profundo.
Os Filisteus não entenderam o que os israelitas estavam fazendo e decidiram atacar os adoradores indefesos, que imploraram que Samuel orasse por eles. Ele ofereceu um sacrifício e o Senhor mandou uma tempestade violenta, que assustou os filisteus invasores, mandando eles embora. Os israelitas os perseguiram e tiveram uma vitória importante em Ebenézer (1 Samuel 7:12).

Israel rejeitou a liderança de Samuel, que estava ficando mais velho, e pediu um rei (1 Samuel 8). Depois de muita oração, o Senhor deu direção a Samuel e ele concedeu o pedido de Israel por um rei. Pouco tempo depois ele ungiu Saul com óleo e declarou que ele era um príncipe sobre o povo de Deus. Samuel, então convocou os israelitas a Mizpa onde a escolha de Deus foi oficializada e Saul foi saudado como rei. Depois da vitória de Saul sobre os Amonitas (1 Samuel 11), Samuel confirmou o reinado de Saul em Gigal. Samuel então se aposentou em Rama para treinar homens para continuar o seu ministério. Samuel reprovou Saul duas vezes. A primeira vez foi pela impaciência e a desobediência de Saul (1 Samuel 13:5-14) e a segunda vez foi pela desobediência de Saul a uma ordem direta do Senhor (15:20:23), quando o Senhor o rejeitou como rei. Samuel foi então mandado para a casa de Jessé em Belém onde ele ungiu Davi como o rei escolhido por Deus (16:1-13). Primeiro Samuel 25 nos fala vagamente sobre a morte de Samuel, quando toda Israel se juntou para lamentar a sua morte. Ele foi enterrado em Rama. A única outra menção a Samuel está em 1 Samuel 28. Quando invocado pela feiticeira de En-Dor a pedido de Saul, o espírito de Samuel apareceu e anunciou que no dia seguinte Saul e seus filhos morreriam na batalha.
CARÁTER
Samuel superou vários problemas através de perseverança e dedicação a obra do Senhor. Ele se preocupava com o bem de seu povo. Sábio e corajoso, ele criticou o rei, os anciãos e outras pessoas quando necessário, sempre do ponto de vista da vontade revelada de Deus. Apesar de Samuel servir como juíz e sacerdote, ele era primeiramente um profeta. Através de seu ministério, a vida espiritual dos israelitas melhorou. Ao nomear um rei, ele liderou o povo de Israel de uma desunião tribal a uma unidade nacional.
Samuel merece um lugar entre os grandes homens da fé (Hebreus 11:32). Ele foi o último dos juízes (1 Samuel 7:6, 15-7) e o primeiro dos profetas (3:20; Atos 3:24; 13:20).

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