quinta-feira, 19 de abril de 2012

ROBOÃO



Roboão foi um rei (930-913 A.C.) especialmente lembrado por manter a separação entre o reino hebreu e por ser o primeiro rei do reinado separado do sul de Judá. Roboão tinha 41 anos quando ele subiu ao trono, e ele reinou por quarenta anos.

A SEPARAÇÃO DO REINADO
Quando Salomão morreu (930 A.C.), seu filho Roboão subiu ao trono. Talvez como concessão aos eframitas, que geralmente ficavam chateados com o seu status inferior, Roboão concordou em manter a sua coroação na sua cidade de Siquém ao invés de em Jerusalém, um lugar tradicional (1 Reis 12:1).

Na assembléia, os líderes das tribos do norte, acompanhadas de Jeroboão, aproximaram-se do rei para fazer concessões. Jeroboão - um oficial da administração de Salomão que fugiu para o Egito quando Salomão suspeitou que ele o estivesse traindo - retornou a Israel para assumir uma posição de liderança. Jeroboão estava destinado a governar Israel por causa do pecado de Salomão (1 Reis 11). Os inúmeros projetos de prédios e a extravagância de Salomão levaram o reino à falência resultando numa sobrecarga intolerável de impostos. A população em geral queria um alívio desses impostos altíssimos.

O novo rei pediu um período de três dias para estudar a proposta. Os conselheiros mais velhos da época de Salomão aconselharam o rei a se compromissar com o povo; os mais jovens o encorajaram a não ter moderação alguma e aumentar ainda mais a carga de impostos. Seguindo o conselho de seus conselheiros mais jovens, Roboão ameaçou arrogantemente a colocar impostos ainda mais altos. As tribos do norte impacientemente de desvencilharam para formar um reino separado de baixo da liderança de Jeroboão. As tribos de Judá e Benjamim eram as únicas fiéis a Roboão. A existência de um reino do norte separado não era novidade. Depois da morte de Saul, o norte havia seguido o seu próprio caminho enquanto Davi reinava em Hebrom. Uns 30 anos mais tarde, apoiou brevemente Sebá numa revolta contra Davi. Agora, debaixo da liderança de Jeroboão, a ruptura se tornou permanente.
Não aceitando o sucesso da separação, Roboão enviou a Adorão, o seu tesoureiro, para tentar desfazer a separação. Os Israelitas do norte, porém, o apedrejaram até a morte, e Roboão conseguiu fugir para Jerusalém. Imediatamente, Roboão tentou dominar as tribos rebeldes. Ele juntou um exército de 180,000 homens das tribos de Judá e Benjamim e se preparou para marchar para o norte, mas o profeta Semaías trouxe a palavra de Deus para abandonar o projeto pois o rompimento do reino era parte do julgamento de Deus sobre Israel por causa de sua conduta pecaminosa durante o reino de Salomão. Roboão abandonou seus esforços militares prontamente, mas alguns acontecimentos bombardearam a relação entre Roboão e Jeroboão durante seus reinados.

O REINADO DE ROBOÃO
O reino do sul experimentou um avivamento espiritual e militar. Por causa do estabelecimento de uma nova religião falsa no reino do norte, sacerdotes e levitas se mudaram para o sul, aonde eles fortificaram muito a fibra espiritual do reino de Judá. Aparentemente, eles ajudaram a manter a estabilidade de Judá por três anos. No entanto, o povo construiu santuários pagãos pela terra. Eles começaram a se envolver em práticas de religiões corruptas das nações pagãs em volta deles. Logo, o próprio Roboão abandonou a lei do Senhor e toda Israel o seguiu (2 Crônicas 12:1). Roboão era filho de Salomão, um pai preocupado que se tornou negligente sobre coisas espirituais. A mãe de Roboão se chamava Naamá, uma princesa amonita pagã que não parecia ter nenhuma percepção espiritual (1 Reis 14:21). O exemplo que seu pai deixou tendo um harém e inúmeros filhos tiveram um grande impacto nele. Roboão tinha 18 esposas, 60 concubinas, 28 filhos e 60 filhas. Ele gastava bastante tempo provendo lugar para eles morarem na cidade de Judá (2 Crônicas 11:21-23). Com o passar do tempo, a apostasia de Judá se tornou tãogrande que Deus trouxe o julgamento sobre a nação na forma de invasão de estrangeiros. No quinto ano de Roboão (por volta de 926 A.C.), Sisaque I do Egito invadiu a Palestina com 1,200 carros e 60 mil homens (2 Crônicas 12:2-3). Depois do sucesso inicial de Sisaque, o profeta Semaías deixou claro ao rei e a nobreza que a invasão era uma punição direta por causa de seus pecados. Quando eles se arrependeram, Deus prometeu moderar a sua punição. Eles foram sujeitados a impostos pesados ou a um saque de sua cidade. O tesouro nacional e o tesouro do templo foram esvaziados para satisfazer as demandas dos egípcios. A invasão de Sisaque continuou no reinado do norte adentro. O arrependimento de Roboão só foi temporário. Os anos seguintes foram caracterizados como maus (2 Crônicas 12:14) e seu filho e sucessor Abias, "andou em todos os pecados que seu pai tinha cometido antes dele;" (1 Reis 15:3). Provavelmente os pecados de seu pai não seriam condenados se os últimos 12 anos de Roboão tivessem sido um bom exemplo para o seu filho que estava amadurecendo.

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