domingo, 15 de abril de 2012

O VALOR DO TRABALHO


O ponto de vista positivo da bíblia quanto ao trabalho está enraizado em seus ensinamentos sobre Deus. Diferentemente de outras escritas religiosas, que falam sobre a criação como sendo algo inferior a dignidade do Ser Supremo, as escrituras descrevem Deus como um trabalhador. Como um trabalhador manual, ele fez o universo como "obra de seus dedos" (Salmos 8:3). Ele trabalhou com a sua matéria prima assim como um oleiro trabalha com a argila (Isaías 45:9). O Todo Poderoso teve até o seu dia de descanso (Gênesis 2:2-3) e teve a satisfação de ver o trabalho feito no final dos sete dias (1:31). Essa descrição vívida da bíblia de um Deus trabalhador chega ao seu clímax com a encarnação de Jesus. O "trabalho" que foi dado para Jesus fazer (João 4:34) foi, logicamente, a tarefa única da redenção. No sentido usual da palavra, ele também era um trabalhador. Seus contemporâneos o conheciam como "um carpinteiro" (Marcos 6:3). Nos tempos do Novo Testamento a carpintaria era um trabalho pesado. Então o Jesus que entrou no templo e virou mesas tirando os homens e os animais dali (João 2:14-16), não era um homem fraquinho e sim um trabalhador cujas mãos já tinham sido calejadas pelos anos de trabalho com o machado, o serrote e o martelo. O trabalho físico duro não estava abaixo da dignidade do Filho de Deus. O trabalho não chegou ao mundo como um resultado direto do pecado (apesar de o pecado ter estragado as condições do trabalho, Gênesis 3:17-19). O trabalho havia sido planejado por Deus desde o começo (Salmos 104:19-23). Com essa enfaze na dignidade e a normalidade do trabalho, não é de se surpreender que as Escrituras condenam fortemente a preguiça. "Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos, e sê sábio;" (Provérbios 6:6, RSV).
TRABALHANDO PARA CRISTO
Deus é um Deus trabalhador que se agrada quando o seu povo trabalha duro e conscientemente. Essa convicção está no coração dos ensinamentos bíblicos sobre atitudes cristãs para com trabalhos seculares. E, naturalmente, o Novo Testamento estende a mesma ênfase positiva para cobrir todos os trabalhos cristãos, remunerados ou não. O mundo é o campo de colheita de Deus, disse Jesus, esperando que os ceifeiros cristãos entrem e evangelizem (Mateus 9:37-38). Paulo usou a mesma ilustração agricultora e ainda complementou (1 Coríntios 3:6-15). Todos os cristãos deveriam se enxergar como "cooperadores de Deus" (3:9).

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